Primeiro Natal no Labirinto do Fantástico


Pois é, meus amigos, o Natal está a chegar, mais uma vez...

Tão inevitavelmente como o Sol nasce e se põe todos os dias, a cada vez que se contam 365 ciclos iguais, aparece o Natal, com as árvores decoradas, prendinhas, centros comerciais a abarrotar de gente, filas para tudo e mais alguma coisa... enfim, o normal.
Daqui só se pode concluir que, se até às 23h59 de amanhã, dia 24 de Dezembro, o Sol explodisse ou simplesmente decidice ir dar uma volta pela galáxia (um bocado ao género do Espaço 1999, mas esse foi com a Lua), não teriamos mais dias nem noites, e iria demorar uns tempos valentes até chegar o dia 25 de Dezembro.


Seria o "Espaço 2008: A sequela! ...ela! ...ela! ...ela!" (efeito espectacular de um eco, especialmente se tiverem com uns auscultadores 5.1 na cabeça quando lerem o título), onde acompanhariamos semanalmente as aventuras dos habitantes da colónia solar, e os seus encontros imediatos com seres de planetas distantes, tão estranhos como misteriosos, enquanto tentavam alterar a rota do Sol para voltar a ser orbitado pela Terra, e devolver o Natal a todos os meninos do Mundo. Grande Série.
Ou então, toda a colónia solar arderia em 2 segundos pelo calor em agonia extrema, contando que conseguiam de facto aterrar (ou será que é "assolar"?), ou seja, temos nas nossas mãos o conceito do mais curto e mais sangrento, e por isso o melhor, reality show de sempre.

Bem, o melhor é deixar de dizer parvoíces, e desejar Bom Natal a todos (contando que o Sol não se vai embora...).

Em tom de despedida, deixo aqui um verso alusivo ao Natal, na "voz" de Rouxinol Faduncho (que vou tentar reproduzir através de acentuação exagerada), que, de tão estranho e caricato que é (quem, no seu perfeito juízo, faz músicas inteiras sobre cães de loiça???), merece aparecer neste Blog. Pensem num Jingle Bells com letra diferente.

"É Nátál, É Nátál,
E os pórtugueses
Óferécem peugos brancos
e vão ás lójas dos chineses..."


BOM NATAL!!!

Coisas que me fazem confusão à cabeça - Vol.V

Idade para ter filhos

Não é minha impressão, é mesmo verdade. Contando assim de repente, lembro-me de pelo menos 10 casais, que, ou têm filhos com idade inferior a 2 anos, ou estão a tentar ter.
Será que sou o único a tentar remar contra a maré?

Não quero filhos agora, e não sei quando (ou se) os vou querer. Considero o desejo consciente de ter filhos, o acto mais egoísta da humanidade: "eu quero um filho meu, os outros são giros, mas quero um meu, porque eu quero". Eu ficaria bem mais feliz em adoptar uma criança e livrá-la da fome, das doenças e de uma morte prematura, do que, por um simples impulso fisiológico, somar mais um à grande conta mundial.
Mas estou a divagar.

Voltando ao cerne da questão: Chego a pensar que toda a gente tem um calendário que contém todas as decisões importantes da sua vida, para cumprir, e que faz parte das regras de aceitação social. Parece que toda a gente tem conhecimento deste calendário misterioso, pois a clássica pergunta "Então, e filhotes?" é proferida por, a meu ver, demasiada gente para ser coincidência. Começa a ser irritante.
Estarei eu "na altura" de querer ter filhos? Não sei quem distribui esse tal calendário, mas parece que eu não recebi uma cópia...

Uma técnica que me foi dada a conhecer para evitar este tipo de comentários de conformidade social, consiste em responder prontamente à fatídica pergunta, com o melhor ar de angústia que se possa fazer, com a frase "Eu não posso ter filhos..."
Apreciem a reacção, e regozijem-se, pois, dessa pessoa, nunca mais ouvirão a pergunta. Funciona especialmente bem com as velhas coscuvilheiras do bairro.

The Golden Dawn

“Por volta de 1880, em França, na Inglaterra e na Alemanha fundam-se sociedades iniciáticas e ordens herméticas que agrupam poderosas personalidades. A história dessa crise mística pós-romântica ainda não foi escrita. Merecia sê-lo. Ali se encontraria a origem de várias correntes de pensamento importantes e que, por sua vez, determinariam correntes políticas. Nas cartas de Arthur Machen a P.J. Toulet encontram-se duas curiosas passagens.

Em 1899: Quando escrevi Pã e O Pó Branco, não imaginava que acontecimentos tão estranhos alguma vez se dessem na vida real, ou até que jamais fossem susceptíveis de se produzir. Mas depois, e muito recentemente, verificaram-se na minha própria existência experiências que alteraram completamente o meu ponto de vista a esse respeito... De hoje em diante estou convencido de que nada é impossível sobre a Terra. Tenho apenas que acrescentar, acho eu, que nenhuma das experiências que fiz tem qualquer coisa a ver com aldrabices como o espiritualismo ou a teosofia. Mas creio que vivemos num mundo de grande mistério, de coisas insuspeitadas e absolutamente espantosas.


Em 1900: "Uma coisa que pode divertir o meu amigo: enviei O Grande Deus Pã a um adepto, um "ocultista" avançado, que encontrei subrosa! e ele escreveu: "O livro prova bem que, por meio do pensamento e da meditação, mais do que pela leitura, V. Ex.a tem atingido um certo grau de iniciação independente das ordens e das organizações." Quem é esse "adepto"? E quais são essas "experiências"? Noutra carta, após a passagem de Toulet por Londres Machen escreve: "O sr. Waite simpatizou muito consigo, pede-me que envie os seus cumprimentos."


Despertou a nossa atenção o nome desse íntimo de Machen que se dava com tão poucas pessoas. Waite foi um dos melhores historiadores de alquimia e um especialista da ordem de Rosa-Cruz. Tínhamos chegado àquele ponto das nossas investigações que nos esclareciam a respeito das curiosidades intelectuais de Machen, quando um dos nossos amigos nos fez uma série de revelações sobre a existência, em Inglaterra, no final do século XIX e princípio do XX, de uma sociedade iniciática: inspirada na Rosa-Cruz. Essa sociedade chamava-se a Golden Dawn. Era composta por alguns dos espíritos mais brilhantes de Inglaterra. Arthur Machen foi um dos adeptos.


A Golden Dawn, fundada em 1887, era procedente da Sociedade da Rosa-Cruz inglesa, criada vinte anos antes por Robert Wentworth Little, e que angariava partidários entre os mestres mações. Esta última sociedade compreendia 144 membros, entre os quais Bulwer-Lytton, autor de Os últimos Dias de Pompeia.

A Golden Dawn, mais reduzida ainda, tinha como finalidade a prática da magia cerimonial e a obtenção dos poderes e conhecimentos iniciáticos. Os seus chefes eram Woodman, Mathers e Wynn Wescott (o "iniciado" de que Machen falava a Toulet na sua carta do ano de 1900). Ela estava em contacto com sociedades similares alemãs de que mais tarde se encontrarão certos membros no famoso movimento de antroposofia do período pré-nazi. Viria a ter como mestre Aleister Crowley, um homem absolutamente extraordinário e com certeza um dos maiores espíritos do neopaganismo de que seguiremos a pista na Alemanha. Ele viria a publicar essas revelações nos números 2 e 3 da revista La Tour Saint Jacques, em 1956, sob o nome de Pierre Victor: L'ordre hermétique de la Golden Dawn.


S. L. Mathers, após a morte de Woodmann, e a retirada de Wescott, foi o grande mestre da Golden Dawn, que governou durante algum tempo de Paris, onde acabava de desposar a irmã de Henri Bergson. Mathers foi substituído na direcção da Golden Dawn pelo célebre poeta Yeats, que mais tarde viria a receber o Prémio Nobel. Yeats tomou o nome de Irnzão Diabo é Deus Inversus. Presidia às sessões de kilt escocês, mascarado de preto e com um punhal de ouro à cintura. Arthur Machen tomara o nome de Filus Aquartá. Havia uma mulher filiada na Golden Dawn: Florence Farr, directora de teatro e amiga íntima de Bernard Shaw. Ali se encontravam também os escritores Blackwood, Stoker, o autor de Drácula, e Sax Rohmer, assim como Peck, o astrónomo real da Escócia, o célebre engenheiro Allan Bennett e sár Gerald Kelly, presidente da Real Academia. Segundo parece, esses espíritos de élite foram marcados de forma indelével pela Golden Dawn. Como eles próprios confessaram, a visão que tinham do mundo foi alterada e as práticas às quais se entregaram não deixaram de lhes parecer eficazes e exaltantes.”


In "Despertar dos Mágicos" de Jacques Bergier & Louis Pauwels, pág. 141 e 142

Coisas que me fazem confusão à cabeça - Vol. IV

As redes sociais

Um dos grandes flagelos da sociedade. Quem nunca ouviu as palavras Hi5, MSN, Orkut?

Para que é que estas redes proliferam? Será que os jovens de hoje têm tanta coisa importante a dizer, que os tempos entre e após as aulas e os períodos de férias não são suficientes?

Na minha opinião, só existem por uma questão de competitividade, para, no fim de contas, ver quem tem mais "amigos". Na faixa etária mais activa nestas redes (14 aos 18 anos), o que conta é a popularidade, tal e qual como contava quando andávamos nós próprios na escola, mas levado ao extremo que a Internet permite, com 600 "amigos" dos quais não se sabe nada para além de uma foto e do comentário "És muita gira! Obrigado por me adicionares".

O problema é que, na Internet, a liberdade é tanta, que nada obriga uma pessoa a ser verdadeira naquilo que diz e/ou faz online.
Ou seja, as redes sociais tornam-se o local ideal para a mentira, o engano e a falsidade. Basta ver quantas pessoas têm associado ao seu perfil uma fotografia da própria pessoa. O meu palpite é de cerca de 10%.

E não vamos começar a falar do grau de anonimato que este tipo de situações proporciona a pessoas mal intencionadas (pedófilos, violadores, burlões de todos os tipos... enfim, como vemos todos os dias nas notícias).

Ou seja, 90% dos "amigos" das redes sociais são "anónimos-populares". Toda a gente os conhece, mas ninguém os conhece realmente.

E quem nunca viveu sem Internet (ou seja, qualquer pessoa com menos de 18 anos) tem uma terrível falta de raciocínio quando por alguma razão não há Internet.
"Não posso fazer os trabalhos da escola porque não tenho Internet para pesquisar", "Não sei como hei-de acabar o trabalho porque é a «Maria» que tem o ficheiro no computador, mas está com problemas na Internet e não me consegue mandar o ficheiro", etc.

Vou aqui prestar um serviço público aos mais jovens, que se deparam com estas situações (ou outras semelhantes).
Meus amigos, antes da Internet, a melhor maneira de obter conhecimento era nuns edifícios onde se guardavam uns montes de folhas de papel (inventado pelos chineses, no século II antes de Cristo), aos quais se chamam livros, normalmente organizados por temas e ordem alfabética em prateleiras. Curiosamente, alguns desses edifícios, frequentemente referidos como bibliotecas, sobrevivem nos dias de hoje, e, se procurarem na Internet com afinco, de certeza que ainda encontram a morada de uma perto de vossa casa.

E, se a montanha não vem a Maomé, Maomé vai à montanha. De certeza que, se a «Maria» está na mesma escola, não deve morar muito longe. Se são capazes de perceber como funciona um computador, não devem ter problemas em interpretar o horário dos autocarros.

Deixem-se disso, vão para a rua brincar às escondidas, ou à apanhada, ao berlinde, à carica, ao pião, jogar à bola, andar de skate ou de bicicleta, ou aquilo que vocês quiserem... e se os vossos pais não vos deixarem, lembrem-nos que eles fizeram o mesmo quando eram da vossa idade e não morreram por causa disso.

A Internet, a Liberdade e o controlo sobre as massas

Já é um lugar comum dizer que a Liberdade hoje em dia é quase total, aparte de estar evidentemente limitada pela Lei, e bem já que o ser humano não consegue viver sem regras, é algo que não se pode negar. Todos nós, mesmo povos que vivem em regimes políticos totalitários , tem uma liberdade muito mais alargada devido maioritariamente á Internet. A Internet é sem dúvida alguma, um dos maiores ícones da Liberdade, mesmo que o seu criador (Tim Berners-Lee) não tenha tido qualquer intenção de o fazer. Absolutamente qualquer pessoa pode colocar a sua opinião on-line. Desde o mais humilde do homens até á mais brilhante das mentes. Encontra-se de tudo na Internet. Desde sítios pessoais sobre a vida de um determinado desconhecido, passando por Blogs, até ás tão em voga “redes sociais”, etc, etc, etc.


Pequena nota (e única sobre o tema):

Confesso que tenho uma especial antipatia por essas “redes sociais”. Penso que ninguém faz a mais pequena ideia da utilidade das mesmas. Nem os seus utilizadores, nem mesmo os seus criadores. No entanto o número de utilizadores registados é surpreendentemente e assustadoramente alto. O que procuram nessas “redes”? Fazer amizades? Socializar? Sexo? Não entendem o quanto ridículo é oferecer amizade/sexo por catálogo on-line? Muitos desses utilizadores registados, são capazes de por exemplo, ver uma pessoa na rua a ter um ataque cardíaco e não fazer absolutamente nada e no entanto tem centenas de “amigos” na Internet. São capazes de ignoram por completo o vizinho que por acaso até costuma ser simpático, mas tem centenas de comentários na sua página da “rede social” a dizer o quanto especial é. Reagem mal, ou deverei dizer extremamente mal, quando no trânsito alguém lhes chama á atenção, buzinando, porque quase provocaram um acidente no cruzamento anterior devido ao egocentrismo, e depois escrevem na sua página dizendo o quanto é difícil falar sobre si mesmo, mas lá vão dizendo que é uma pessoa simpática, educada, tolerante, não se interessa por política, odeia racismo, enfim, brilhante, como tantas outras que “vendem” a sua imagem na internet!

Mas foi apenas um pequeno desabafo, já que não tenciono perder o meu tempo a pensar e escrever sobre as ditas “redes sociais” (para não lhes chamar de outra coisa).


Seguindo o raciocínio do inicio deste texto, qualquer pessoa pode ter a sua opinião publicada na rede global, seja num blog ou sítio pessoal. Até na China, onde se fecham centenas de blogs e páginas todos os dias, devido á censura, a liberdade nunca foi tão abrangente. Se hoje o governo chinês fechar uma página, amanhã surgem duas outras sobre o mesmo tema. Se hoje o governo chinês bloquear um site estrangeiro, amanhã os chineses já descobriram mais dez sobre o mesmo tema. É uma luta perdida para qualquer inimigo da Liberdade. Por mais que se tente fazer o contrário, as pessoas estão a habituar-se cada vez mais a expressarem a sua opinião e a absorver e a interpretar opiniões de outros na Internet.


Provavelmente isto não é novidade para ninguém. Mas veja-se o seguinte, antes de haver Internet, quem eram as pessoas que tinham direito a publicar a sua opinião e leva-la ás massas? Jornalistas, escritores, políticos, intelectuais, etc. Mas ainda assim, o número de pessoas era extremamente limitado. O comum dos mortais não tinha a mínima hipótese de se expressar de forma a chegar a tantas pessoas como os primeiros que aqui referi. Toda a sociedade era influenciada, para o bem e para o mal, por opiniões de um número pequeno de pessoas. Hoje em dia, a situação é totalmente diferente. A sociedade e os internautas são influenciados tanto pelos mesmos que sempre tiveram "direito" a opinião como por aqueles que agora ganharam esse "direito". Dessa forma, a sociedade está-se a adaptar.


Vivemos hoje em dia uma época de mudança. Mais do que quando surgiu a Internet, agora é a hora em que a mudança está realmente a acontecer. As crianças já crescem com a Internet. Para as crianças de agora, a Internet no futuro quando as mesmas se tornarem adultas será banal. É essa a mudança que falo. Para os adultos de hoje, que cresceram a brincar com os amigos na rua, a Internet é um mundo novo e extremamente interessante. Conseguimos dar mais valor á Internet, porque crescemos num mundo sem a mesma. Percebemos que teve influência sobre a sociedade. Para nós adultos, a Internet é um complemento ás nossas vidas, para as crianças e futuros adultos de amanhã, a Internet é algo essencial que esteve sempre disponível. Para eles é mais natural jogar na Internet do que ir para a rua com os amigos e jogar ás escondidas.


É preciso lembrar que são as crianças de agora e futuros adultos de amanhã que vão “fazer” a Internet do futuro. Hoje a Internet é um universo paralelo, mas interligado ao universo real. É um mundo desresponsabilizante, onde podemos ser quem queremos. É um outro mundo onde se pode ter uma outra vida para além desta. A Liberdade é total e global. Resta saber se os adultos de hoje sabem educar suas as crianças, por forma a prepará-las para as surpresas que este admirável mundo novo vai trazer. Por forma a mostrar-lhes que nem sempre existiu Internet. Para eles perceberem que a verdadeira vida é fora desse mundo virtual. Para terem o mesmo entendimento que nós, adultos, que a Internet é um bónus, e não uma forma de vida.


Lembro-me dos valores de Liberdade que o 25 de Abril trouxe a Portugal. Conheci-os graças aos jornalistas, escritores, pensadores, etc. Com toda a certeza os meus pais não agiram propositadamente ao não me mostrarem Portugal sobre um regime totalitário, opressor da Liberdade. Porém hoje, como já demonstrei anteriormente, não chega que os pensadores de outrora mostrem a sua opinião. Todos nós, que passámos a ter uma opinião que pode chegar ás massas, passámos também a ter responsabilidade sobre o futuro do mundo. Devemos portanto, reflectir sobre tudo o que temos e foi conquistado, demonstra-lo ás nossas crianças, para que também elas ajam no futuro em prol da Liberdade, adquirida como certa, e que tanto nos custou a conquistar.


O mundo fantástico dos... Gambozinos...

Os gambozinos são seres imaginários que, segundo a superstição popular, vivem no campo, embora algumas espécies já tenham se adaptado e hoje também se possam encontrar nos recantos sombrios e húmidos dos parques de algumas cidades. No dicionário[1], são descritos como uma espécie de pássaros ou peixes, embora haja quem ache que possam ser parecidos com o pirilampo, com o dragão marinho (Phycodurus eques) ou com o ouriço. Há quem ache que são seres da família dos vegetais que vivem debaixo da terra; no começo do século XX houve quem os descrevesse apenas como “pequenos bolbos de uma espécie de lírio” que podem ser comidos[2]. A ideia que se faz destes seres varia conforme a imaginação de cada um.


O glossário escutista[3] define estes seres como um “animal de características especiais, nocturno, e que é muito difícil de caçar. Normalmente caçam-se nos acampamentos.”


A caça aos gambozinos faz-se geralmente de noite, é muito popular em Portugal e em várias regiões da Espanha, como na Galiza, onde a estação de caça está aberta o ano inteiro, e não requer nenhuma licença especial para a prática desta actividade. A caça ao gambozino não visa a obtenção de alimento mas a conservação de tradições, é por isso considerada um desporto. É tradição organizar caçadas aos gambozinos e convidar pessoas ingénuas para ir junto. Frequentemente são levados nestas caçadas irmãos ou sobrinhos mais novos; é por isso visto como um desporto de família.


A caça aos gambozinos é considerada uma prática ancestral, e, conforme conta Ferraz (1895) no fim do século XIX, quando alguém concordava em ir à caça dos gambozinos “[…] levavão-na uma noite sombria a um sitio escuro e medonho, e collocavão-na com um sacco aberto ao pé de um buraco, como para agarrar nella os gambozinos, que costumavam sahir por alli; e assim deixavam ficar o incauto, ás vezes, até pela manhã indo-se embora, sob qualquer pretexto, a pessoa que o lá levou”[4]. Em algumas regiões do País a tradição conta também que se deve levar um luz a qual, quando se chega ao lugar desejado, é apagada deixado o ingénuo às escuras e saindo logo de seguida quem para lá o levou. Para atestar a antiguidade da tradição, Ferraz comenta ainda que “[…] d’este costume se não contão casos modernos, mas antigos, não se apontando mesmo ninguém que se tenha sujeitado a semelhante caçada”.


Embora não haja notícia de alguém que alguma vez tenha visto um gambozino, é "frequente" ouvir um ou outro fanfarrão dizer que já caçou dois ou três gambozinos, só para se vangloriar.


Acredita-se que o canto de algumas espécies de gambozinos têm propriedades especiais, que podem ser identificadas nos seguintes versos de João Monge[5]:

“O teu coração parece
Uma pedra sem destino
Dizem que só amolece
Ao canto de um gambozino”

Vril, the Power of the Coming Race

"Sabe-se que o partido nazi se mostrou anti-intelectual de maneira franca, e mesmo ruidosa, que queimou os livros e classificou os físicos teóricos entre os inimigos "judaico-marxistas". Em proveito de que explicações do mundo ele rejeitou as ciências ocidentais oficiais é o que muita gente ignora. Ainda menos se sabe em que concepção do homem se baseava o nazismo, pelo menos no espírito de alguns dos seus chefes. Mas, sabendo-o, situa-se melhor a última guerra mundial no quadro dos grandes conflitos espirituais; a história recupera o fôlego à Vítor Hugo da grandeza épica. "Lançam-nos o anátema como a inimigos do espírito, dizia Hitler. Pois bem, é verdade, é isso que nós somos. Mas num sentido bem mais profundo do que a ciência burguesa, no seu imbecil orgulho, jamais sonhou". É pouco mais ou menos o que Gurdjieff declarava ao seu discípulo Ouspensky, depois de terminado o processo da ciência: "O meu caminho é o do desenvolvimento das possibilidades escondidas do homem. É um caminho contra a natureza e contra Deus".


Esta ideia das possibilidades escondidas do homem é essencial. Ela conduz muitas vezes à rejeição da ciência e ao desprezo pela humanidade vulgar. Ao nível desta ideia, muito poucos homens existem realmente. Ser é ser diferente. O homem vulgar, o homem em estado natural não passa de uma larva e o Deus dos cristãos não passa de um pastor de larvas. O doutor Willy Ley, um dos maiores peritos do Mundo em matéria de foguetões, fugiu da Alemanha em 1933. Foi por seu intermédio que soubemos da existência, em Berlim, pouco antes do nazismo, de uma pequena comunidade espiritual de verdadeiro interesse para nós. Essa comunidade secreta fundamentara-se, literalmente, num romance do escritor inglês Bulwer Lytton: A Raça que nos há-de suplantar. Esse romance descreve homens cujo psiquismo é muito mais evoluído do que o nosso. Eles conquistaram poderes, sobre si próprios e sobre as coisas, que os tornam semelhantes a deuses. De momento, ainda se escondem. Habitam cavernas no centro da Terra. Em breve sairão para nos governar. Eis tudo o que o doutor Willy Ley parecia saber. Acrescentava, sorrindo, que os discípulos julgavam possuir certos segredos para mudar de raça, para se tornarem iguais aos homens escondidos no interior da Terra. Métodos de concentração, toda uma ginástica interior para se transformarem. Iniciavam os seus exercícios contemplando fixamente uma maçã cortada ao meio. . .


Nós prosseguimos as investigações. Essa sociedade berlinense, à semelhança das lojas maçónicas, chamava-se: "A Loja Luminosa" ou "Sociedade do Vril". O Vril é a imensa energia de que nós não utilizamos senão uma ínfima parte na vida comum, o factor principal da nossa divindade possível. Aquele que se torna senhor do Vril torna-se senhor de si próprio, dos outros e do mundo,. É a isso que devemos aspirar. É nesse sentido que devemos encaminhar os nossos esforços. Todo o resto faz parte da psicologia oficial, das morais, das religiões, do vento. O mundo vai modificar-se. Os Senhores vão sair das entranhas da Terra. Se não tivermos feito uma aliança com eles, se não formos senhores, também nós, ficaremos entre os escravos, na estrumeira que servirá para fazer brotar as novas cidades.”


In "Despertar dos Mágicos" de Jacques Bergier & Louis Pauwels, pág. 146 e 147


O engraçado é que todas as peças encaixam na perfeição...

Hollow Earth - A Terra Oca

"A Terra é oca. Nós habitamos no interior. Os astros são blocos de gelo. Já caíram várias luas sobre a Terra. A nossa também cairá. Toda a história da humanidade se explica pela batalha entre o gelo e o fogo. O homem não está acabado. Está à beira de uma formidável mutação que lhe dará os poderes que os antigos atribuíam aos deuses. Existem no mundo alguns exemplares do homem novo, vindos talvez de além das fronteiras do tempo e do espaço. Há alianças possíveis entre o Mestre do Mundo e o "Rei do Medo," que reina numa cidade escondida algures no Oriente. Aqueles que tiverem um pacto modificarão por milénios a superfície da Terra e darão um sentido à aventura humana. Tais são as teorias "científicas" e as concepções "religiosas" que alimentaram o nazismo original, nas quais acreditavam Hitler e os membros do grupo de que ele fazia parte, e que fortemente orientaram os factos sociais e políticos da história recente. Isto pode parecer extravagante. Uma explicação da história contemporânea, mesmo parcial, a partir de tais ideias e crenças pode parecer repugnante. Mas achamos que nada é repugnante no exercício da verdade."

In "Despertar dos Mágicos" de Jacques Bergier & Louis Pauwels, pág. 146

Dextre The Magnificent (e outras notícias)

Num suspreendente e potencialmente problemático pedido, o novo robot da estação espacial internacional, conhecido com Dextre, exigiu aos astronautas que, de futuro, se refiram a ele com "Dextre the Magnificent". Envergando ferramentas eléctricas suficientes para fazer corar qualquer entusiasta da bricolage, o aparelho agradeceu aos humanos por o terem criado e prometeu um futuro glorioso onde os humanos manterão um papel importante na nova ordem robótica.

Para saber mais: link.


E outras notícias:
  • Filantropo anónimo doa 200 rins humanos a um hospital;
  • Criança leva à falência a Make-a-Wish Foundation, com o desejo de ter desejos ilimitados;
  • Nova lei iraquiana requer tempo de espera para entrega, na compra de coletes-suicida;
  • Diebold, a empresa responsável pela contagem de votos das eleições de 2008 nos EUA, revelou acidentalmente o resultado das eleições meses antes do esperado. Para quem quiser saber, o vencedor será John McCain com 48% dos votos.

Dia da Mentiras... mas porquê?

Toda a gente conhece o Dia das Mentiras, celebrado no nosso pedacinho de mundo todos os dias 1 de Abril (em outras culturas pode variar ligeiramente), e quem entre nós nunca tentou pregar uma partida a um amigo, colega, familiar, ou até uma ou outra pessoa de quem não se gosta muito?

É um acontecimento quase mundial, e as mentiras variam, desde as mais simples, até às mais elaboradas e complicadas, como por exemplo:
  • Um Whopper (hamburger) para canhotos desenvolvido pela Burger King (a grande rival da McDonald's);
  • Uma buzina que equipa os novos carros da BMW que acalma os condutores que a ouvem;
  • O caso de "Sidd" Finch, um suposto jogador dos New York Mets (equipa de baseball), ex-aluno de Harvard que se encontrava a "treinar" para ser monge Budista, e que descobriu a "Arte do Lançamento" enquanto vagueava pelo Tibete, o que lhe permitia lançar bolas a uma modesta velocidade de 168 milhas por hora (em português, 270km/h);
  • Uma nova partícula fundamental, o "bigon", que tem o tamanho de uma bola de bowling e cuja existência apenas dura uns míseros microsegundos, mas que seria a responsável pelos raios globulares (uma espécie de relâmpago redondo), enxaquecas, falhas inexplicáveis em equipamentos electrónicos, a queda dos soufflés, combustão humana espontânea, e até de terramotos;
  • O estado do Alabama (EUA) votou para mudar o valor da constante de Pi (3,1415 aprox.) para o valor bíblico de 3.0;
  • A introdução do Smell-o-vision, ou seja, a capacidade de enviar cheiros através da transmissão de sinais muito parecidos aos da televisão, o que faria com que o consumidor conseguisse não só ver e ouvir os seus programas favoritos, mas também de os cheirar.
Mas de onde vem este dia? Que factos mirabolantes levaram a que este dia seja celebrado por quase todo o mundo? Há muitas explicações, umas mais credíveis que outras (ou não estariamos nós a falar do Dia das Mentiras), que não vou reproduzir aqui, mas deixo o link para quem quiser saber mais, em infoplease.com e em wikipedia.

Coisas que me fazem confusão à cabeça - Vol.III

Os "papa-reformas"

Para quem não sabe, os "papa-reformas" são aqueles carritos minúsculos que os velhotes compram, e que não é preciso carta para conduzir. São assim denominados, porque são muito caros, e quem os compra gasta a reforma toda nas prestações.

E o que é que me faz confusão nestes pequenos automóveis?
O facto de NÃO SEREM AUTOMÓVEIS! Claro que têm 4 rodas, um volante, um motor, portas, espelhos, e fazem (mais ou menos) o mesmo que um carro. Mas isso não faz deles carros.

Aquelas amostras de veículo automóvel são simplesmente uma maneira de manter os idosos na estrada, quando já não têm capacidades físicas nem mentais para o fazer.
Se é feito para andar na estrada, o condutor tem de estar habilitado a isso. E, neste caso, a maior parte das vezes não está. O que sabem do Código da Estrada está desactualizado pelo menos umas dezenas de anos (ainda param dentro das rotundas, por exemplo), e não reconhecem uma pessoa que esteja a falar com eles a meio metro, como é que esperam comportar-se na estrada, quando "boa visibilidade" se considera 30 metros?

E o motor é tão pequeno, primeiro para dar a volta à lei (para poder ser conduzido sem carta de veículos classe B), e segundo, porque se fosse só um pouco mais potente, arrancaria a tão bonita (ou não!) carroçaria de fibra de vidro só com a força da aceleração!

Outra questão é a segurança. Que sistemas de segurança estão incluídos naqueles veículos? ABS? Airbags frontais, laterais, etc.? Tá bem, tá.
Se fizessem um crash-test a uma coisa daquelas, obteriam um motor minúsculo embrulhado em camadas de fibra de vidro, com o boneco lá dentro, tal e qual prenda de Natal.
Há uns dias, vi um destes "papa-reformas", com a frente desfeita. Ou seja, quase de certeza, enfiou-se na traseira de algum carro. "Luzes vermelhas? Por acaso até vi, sim, mas pensei que fosse da minha vista... sabe, ela já não é o que era!"

E, para chatear ainda mais, estes meios de transporte ocupam praticamente metade de uma via, o que torna a ultrapassagem numa estrada com uma via para cada sentido, uma impossibilidade matemática em hora de ponta. Ou seja, filas e mais filas a andar a 30 Km/h, porque o Sr. Acácio (nome fictício) decidiu ir comprar um pacotinho de manteiga ao supermercado, ou ir ao sapateiro para pôr umas capas novas no seu par de sapatos favorito.

Portanto faço aqui um apelo.
Srs. Idosos: Se já não têm a mobilidade, visão e reflexos para andarem com um carro a sério, não comprem carros de brincar. Não gastem a vossa reforma à toa: comprem o passe, que é mais barato.


P.S.: Tenho de deixar aqui uma palavra de apreço a todos os bonecos dos crash-test espalhados pelo mundo, que todos os dias arriscam a sua vida pela segurança de pessoas que nunca virão a conhecer.

Rabiscos - As Linhas de Nazca

Não quero interromper as dissertações sobre a igreja, mas também não quero que este blog se torne num local só para dizer mal de todas as religiões. Não me percebam mal, se um blog fosse inicado com esse propósito, de certeza não lhe faltariam posts e comentários durante muitos anos. Portanto, vou-me desviar um pouco dessa linha, para apresentar uma característica do nosso planeta fantástico. Podem continuar a dizer mal (ou bem!) de todas e quaisquer religiões (ou de outra coisa qualquer), a partir do momento que terminarem de ler este post. :)

No deserto de Nazca, no Perú, na zona entre as cidades de Nazca e Palpa, foram encontradas imagens gravadas no solo (o termo técnico é geoglifos), cuja construção data entre 200AC e 700DC, pelos índios Nazca. Existem centenas de figuras individuais, tão simples como linhas ou tão complicadas como animais estilizados, entre os quais, beija-flor, aranhas, macacos, tubarões e lagartos.

Usando equipamento simples de medição e escavação, os índios retiraram a gravilha coberta por óxido de ferro, que forra a superfície do deserto de Nazca. Ao fazerem isso, expõem a terra de cor clara, obtendo assim o contraste necessário para que essas figuras se vejam.

O mistério não é "onde", nem "quem", nem "quando", nem "como"... é o "porquê".

A grande particularidade destas figuras é que são todas demasiado grandes para que se percebam do solo. Para o comum mortal, as linhas podem ser facilmente confundidas com simples "estradas" de terra batida. A área onde estas linhas se encontram tem aproximadamente 500Km quadrados, e algumas das figuras chegam a ter 270m de comprimento, o que faz com que sejam apenas perceptíveis do ar.
Não há provas de que os índios Nazca possuissem aeroplanos, para poderem ver as imagens, mas existem teorias sobre uma tecnologia que estaria possivelmente disponível na altura: balões de ar quente.

Porque é que os índios Nazca fizeram estas imagens?

Algumas das hipóteses incluem:
  • Religião I: fazendo imagens que só os deuses no céu pudessem ver. Foi verificada uma sucessão estranha de eclipses solares totais durante o período de tempo em que as linhas foram criadas. Um eclipse solar total assemelha-se à íris e pupila de um olho.
  • Religião II: como adoração ás entidades "desenhadas", pedindo abundância de água, boas colheitas e/ou protecção.
  • Astronomia: apontando para os locais onde corpos celestes (Sol, Lua, outras estrelas e planetas) apareciam e desapareciam no horizonte. Esta hipótese é considerada pouco provável.
  • Extra-terrestres: Existem ainda outras teorias, mas, uma delas, de certeza a mais radical, admite que as linhas são pistas de aterragem para naves extra-terrestres.
Agora que me pus a pensar nisto, acabou por me ocorrer uma outra explicação, embora menos espampanante, importante e interessante que as anteriores, e é provavelmente por isso que nunca ninguém lhe fez referência. De certeza que não serei a primeira pessoa no mundo a pensar nisso.
Um simples concurso entre os nativos das povoações de Nazca e Palpa, para ver quem consegue fazer o melhor desenho. Com o tempo, os desenhos tornam-se maiores e mais complexos, sempre a tentar fazer melhor que nos anos anteriores (um pouco como o actual Carnaval do Rio de Janeiro). A povoação vencedora teria a honra de ser anfitriã do festival anual (de qualquer coisa à qual se pudesse dedicar um festival, naquela altura: o Sol, a Lua, o início da época de caça, o fim das colheitas...), e os vencidos teriam de sofrer a humilhação de serem os convidados. Tudo se resume a um caso de "a nossa festa é melhor que a vossa".

Nem todas as explicações para o inexplicado têm de ser espectaculares, ou não estariamos nós no mundo do Realismo Fantástico.

Links: [wiki.pt], [wiki.com], [Imagens Google].

Ilusões de uma Igreja

A Igreja Católica sempre esteve associada ao poder e durante alguns séculos os seus dogmas e ideias fundamentais nunca foram postos em causa. O seu poder estava não só relacionado com a influência que exercia sobre as populações, como também estava relacionado com o poder económico: a Igreja era detentora de vastas propriedades, estava isenta do pagamento de impostos e podia exigir a dízima aos fiéis. Passados tantos séculos o que podemos observar? O Vaticano é apenas o estado mais rico em todo o mundo... Já em finais da Idade Média alguns intelectuais como Savonarola tinham chamado a atenção para a corrupção e imoralidade que abundava entre o clero. Não raras vezes os cargos eclesiásticos, devido ao prestígio e aos elevados rendimentos que proporcionavam, eram comprados. Apesar dos desejos de mudança que se faziam sentir, a Igreja continuou a manter as estruturas e as doutrinas intactas. O Renascimento foi sem dúvida muito importante para o surgimento de uma consciência crítica e a figura de Lutero preponderante para o início de uma verdadeira reforma que abalou os alicerces de uma Igreja Católica que se julgava impermeável a todas as críticas e mudanças. O que despoletou a reforma protestante foi a questão das indulgências. Em 1513 o papa enviou monges por toda a Europa com missão angariar dinheiro para o pagamento das obras da Basílica de S. Pedro. Em troca seria concedida aos fiéis uma bula de indulgências que consistia num documento onde eram perdoados todos os seus pecados. Basicamente em troca de uma contribuição monetária o fiel obtia o tão necessário perdão para que um dia, quando morresse, pudesse alcançar o Paraíso. Questiono-me se não é isso o que ainda pensam, hoje em dia, os católicos praticantes quando vão à missa todos os Domingos, quando não comem carne na Sexta- Feira Santa e por aí fora...Gostaria de vincar um aspecto muito importante da reforma protestante: a tradução da bíblia para o alemão, de forma a que cada crente a pudesse ler e interpretar livremente sem ter o clero como intermediário. Imaginem o que seria ouvir um padre, numa missa, a falar e a ler apenas em Latim...Pois bem, agora em pleno século XXI é o que mais desejava o nosso caríssimo papa Ratzinger, para quem a tradição devia continuar a ser o que era há uns bons séculos atrás. Numa missa em Latim podiam mandar para sítios menos bonitos os fiéis que eles continuariam a murmurar as rezinhas todas e a fazer em dois segundos o sinal da cruz... A juntar à tradução da bíblia saliente-se que a reforma protestante pôs em causa, tendo abolido mesmo na sua igreja, o culto da Virgem Maria e dos santos e o celibato eclesiástico. A explicação é simples: em nenhuma passagem da bíblia constava que se devesse prestar culto a imagens e que os padres não poderiam casar-se. O que ainda se verifica hoje em dia é uma pressão muito grande para que os padres pratiquem o celibato. Alguma razão plausível? Caso um padre fosse casado a sua vida familiar iria distraí-lo dos verdadeiros propósitos da sua vida eclesiástica. É a razão apontada pela Igreja...Pergunto eu: será que não seria mais fácil um padre aconselhar alguém tendo ele também, à semelhança das outras pessoas, uma vida familiar? Como resposta a todo o clima de mudança que a reforma protestante proporcionou, a Igreja Católica respondeu com o Index, o catálogo das obras de leitura proibida, a Inquisição, que tantos milhares de pessoas atirou para a fogueira e que em Portugal foi responsável pela perseguição, expulsão e morte de um avultado número de Judeus, e a Companhia de Jesus de onde saíram esses seres tão iluminados, os Jesuítas, responsáveis pela nada forçada evangelização dos índios no Brasil. Efectivamente estes últimos devem ter ficado eternamente gratos por terem chegado ao território deles uns senhores a impor uma religião que não compreendiam nem lhes fazia falta para nada,a acenarem com uma cruz e a tentarem explicar-lhes que o comportamento deles era pecaminoso devido a andarem nus.

Sejamos sinceros: todas as religiões possuem um passado do qual nem sempre se podem orgulhar. O que é inacreditável é o poder que a Igreja Católica ainda mantém nos nossos dias. Longe vão os tempos em que o Cristianismo era uma religião que não só pregava como praticava o ideal de pobreza evangélica. A Igreja enche os bolsos à custa da influência que tem junto das populações e, não raras vezes, de muitas manobras de marketing. Todas as religiões têm regras e rituais, a diferença está no que pretendem obter disso. Há quem diga que hoje em dia, mais do que nunca, os indivíduos têm de acreditar em algo. Considero que será mais reconfortante para alguns pensar que há um Deus, uma vida para além da morte, um sítio onde nos encontraremos com aqueles que já não estão cá. Mas será que para ter fé e acreditar em algo temos de ser manipulados e deixar que a nossa vida tenha quase de ser vivida em função de uma instituição ( e aqui não falo apenas da Igreja Católica, mas sim nas inúmeras igrejas) que na realidade não oferece uma resposta para os problemas, dúvidas, frustrações e anseios de cada um de nós? Por isso para mim a Igreja não representa mais do que uma ilusão.

Esoterismo e outros conceitos pré-definidos

Em 1946, as patrulhas do governo australiano, ao aventurarem-se nas altas regiões incontroláveis da Nova Guiné, ali encontraram tribos agitadas por um grande vento de excitação religiosa: acabava de nascer o culto do "cargo". O "cargo" é um termo inglês que designa as mercadorias comerciais destinadas aos indígenas: latas de conserva, garrafas de álcool, candeeiros de parafina, etc. Para esses homens ainda na idade da pedra o súbito contacto com semelhantes riquezas não podia deixar de ser profundamente perturbante. Seria caso que os homens brancos pudessem ter fabricado tais riquezas? Impossível.

Os Brancos que se vêem é evidente que são incapazes de construir com as próprias mãos um objecto maravilhoso. Sejamos positivos, era mais ou menos o que pensavam os indígenas da Nova Guiné: já alguma vez se viu um homem branco fabricar fosse o que fosse? Não, mas os Brancos dedicam-se a tarefas muito misteriosas: vestem-se todos da mesma maneira. Por vezes sentam-se diante de uma caixa de metal sobre a qual há mostradores e escutam ruídos estranhos que de lá saem. Fazem sinais sobre folhas em branco. Trata-se de ritos mágicos, graças aos quais obtêm dos deuses que estes lhes enviem "o cargo". Os indígenas resolveram então copiar esses "ritos": experimentaram vestir-se à europeia, falaram para dentro de latas de conserva, espetaram troncos de bambu sobre as suas choupanas, a imitarem antenas. E construíram falsas pistas de aterragem, na expectativa do "cargo".


Ora bem. E se os nossos antepassados tivessem interpretado desta forma os seus contactos com as civilizações superiores? Restar-nos-ia a Tradição, quer dizer, o ensinamento de "ritos" que na realidade eram formas muito legítimas de agir em função de conhecimentos diferentes. Teríamos imitado infantilmente atitudes, gestos, manipulações, sem os compreender, sem os relacionar com uma realidade complexa que nos escapava, na expectativa de que esses gestos, essas atitudes, essas manipulações nos trouxessem qualquer coisa. Qualquer coisa que não vem: um maná "celestial", na verdade conduzido por vias que a nossa imaginação não podia conceber. É mais fácil cair no ritual do que atingir o conhecimento, mais fácil inventar deuses do que compreender técnicas. Se Deus ultrapassa a realidade, encontraremos Deus quando conhecermos toda a realidade. E se o homem tem poderes que lhe permitem compreender todo o Universo, Deus é talvez o Universo todo, mais qualquer outra coisa.


Mas continuemos o nosso exercício de desenvolvimento espiritual: se aquilo a que chamamos esoterismo não passasse, de facto, de um exoterismo? Se os mais antigos textos da humanidade, a nossos olhos sagrados, não passassem de traduções adulteradas, de divulgações sem autoridade, de relatos em terceira mão, das recordações um pouco falseadas de realidades técnicas? Nós interpretamos esses velhos textos sagrados como se realmente fossem a expressão de "verdades" espirituais, de símbolos filosóficos, de imagens religiosas. É que, ao lê-los, só recorremos a nós próprios, homens ocupados pelo nosso pequeno mistério interior: gosto do bem e faço o mal, vivo e vou morrer, etc. Eles dirigem-se a nós: esses engenhos, esses raios, esses manás, esses apocalipses são representações do mundo do nosso espírito e da nossa alma. É a mim que falam, a mim; para mim... E se se tratasse de longínquas recordações deformadas de outros mundos que existiram, da passagem por esta terra de outros seres que procuravam, que sabiam, que trabalhavam? Imaginai uma época muito remota em que as mensagens provenientes de outras inteligências do Universo eram captadas e interpretadas, em que os visitantes interplanetários tinham instalado uma rede sobre a Terra, onde fora estabelecido um tráfico cósmico. Imaginai que ainda existe em qualquer santuário notas, diagramas, relatórios, decifrados com dificuldade, no decorrer dos milenários, por monges detentores dos segredos antigos, mas de forma nenhuma qualificados para compreender esses segredos na sua totalidade, que não cessaram de interpretar, de extrapolar. Exactamente como seriam capazes de fazer os feiticeiros da Nova Guiné ao tentarem compreender uma folha de papel sobre a qual estivessem inscritos os horários dos aviões entre Nova Iorque e São Francisco. Por fim, tendes o livro de Gurdjieff: Narrações de Belzebu a seu Neto, cheio de referências a conceitos desconhecidos, a uma linguagem inverosímil. Gurdjieff diz que teve acesso a "fontes". Fontes que não passam de desvios. Faz uma tradução em milésima mão, acrescentando-lhe ideias pessoais, edificando uma simbólica do psiquismo humano: eis o esoterismo.


Um prospecto-guia das linhas internas de aviação dos U.S.A.: "Pode marcar o seu lugar em qualquer parte. Esse pedido de marcação é registado por um autómato electrónico. Outro autómato marca o lugar no avião que você deseja. O bilhete que lhe for entregue será perfurado conforme, etc." Imaginai o que isto daria à milésima tradução em dialecto amazónico, feita por pessoas que nunca tivessem visto um avião e que ignorassem o que seja um autómato, bem como o nome das cidades citadas no guia. E agora: imaginai o esoterista perante esse texto, remontando às origens da sabedoria antiga e procurando um ensinamento para a conduta da alma humana...


In "Despertar dos Mágicos" de Jacques Bergier & Louis Pauwels, Pág. 107 a 109.

Pequeno ensaio sobre religião

Como não podia deixar de ser, neste primeiro ensaio sobre a religião tentarei descrever parte da minha visão sobre a Igreja Católica. E não quero com isto descriminar as outras religiões, já que todas tem o seu espaço tanto no mundo como na minha opinião. De qualquer forma quero deixar uma palavra de apreço a todas as outras e dizer que aguardem a sua vez, com serenidade, uma vez que nenhuma delas deverá ter pressa de aparecer aqui neste blog.

Para começar, voltemos então um pouco atrás no tempo, cerca de 2000 anos para ser mais preciso. Estamos no território que hoje é conhecido por Israel, que é dominado pelos Romanos. Romanos esses que vão perdendo o poder de outrora e ficando cada vez mais fracos. Tal como muitos outros povos, o povo Judeu luta para se libertar do Império Romano. Todos os dias surgem profetas judeus. A forma favorita dos Romanos eliminarem estes profetas é a crucificação. São eliminados aos milhares. Os crucificados ficam pregados durante dias, mesmo depois de morrerem. Servem de exemplo para outros que tenham ideias semelhantes. A grande maioria dos profetas trazem consigo um grupo de seguidores desesperados, devido á pobreza, á fome e ao Império Romano, que rege o território utilizando o medo como uma das principais formas de opressão. A forma de vida dos Romanos é insuportável para os Judeus e estes lutam diariamente da forma que conseguem contra a máquina de guerra Romana, sobejamente conhecida em todo o mundo. Os Judeus procuram desesperadamente um ícone, um herói, algo ou alguém em quem pudessem acreditar para os ajudar a suportar a vida no seio do Império Romano. Jesus Cristo surge neste momento. Dotado do dom da palavra, tenta levar as suas ideias a todos os Judeus que se encontram sedentos de uma palavra reconfortante. Porém os Romanos estrangulam este movimento, perseguindo e crucificando muitos dos chamados “cristãos”. Conseguem capturar o seu líder que acaba por morrer na cruz tal como muitos outros profetas. O movimento cristão é praticamente apagado e abafado, tendo ficado apenas algumas memórias de alguns que sobrevivem. Cerca de 120 anos após a morte de Jesus Cristo surgem os primeiros textos sobre o cristianismo. Apenas 120 anos depois são escritas em papiro algumas da ideias originais dos cristãos. Homens comuns que viram nos ensinamentos de Jesus Cristo algo de devia ser recordado. Devido á opressão romana o movimento cristão vai crescendo, sob a forma de libertação, fazendo do criador do movimento, um semi-deus com poderes sobrenaturais, apenas possíveis devido á adulteração da história por muitos anos de desgaste da passagem da palavra de boca em boca, e devido também em grande parte a conveniências politicas de alguns romanos sedentos de poder. O cristianismo cresceu e expandiu-se pelo Império Romano, como uma opção á religião tradicional. Isto apesar de originalmente não se tratar de um movimento religioso, a forma como foi encarado nos séculos seguintes faz com que o movimento passe a ser descrito como religião. Em 380 D.C. o Império Romano é forçado a declarar a Igreja Católica (fundada poucos anos antes) como religião oficinal, onde surge um livro com relatos de vários autores, todos eles escritos entre 150 D.C. e 325 D.C., escolhidos a dedo entre centenas de textos que proliferavam em todo o império. Em 431 o Conselho de Ephesus, declara, e gostava de enfatizar esta palavra, declara, ou seja, decide que, Jesus Cristo é simultaneamente homem e deus.


Voltemos agora ao tempo presente. Passaram-se cerca de dois mil anos desde os acontecimentos que deram origem ao Cristianismo e á Igreja Católica. Se em 400 anos Jesus Cristo, que morreu na cruz como um homem vulgar, passa de homem a deus, imaginem após 2000 anos. Ao livro que foi escrito 350 anos depois da morte de Cristo, chamado de Bíblia, foi acrescentado vários outros textos, sendo inclusivamente alterados alguns dos textos existentes. Ou seja, os ensinamentos de Cristo, passaram de forma de vida, para religião, e finalmente tornaram-se um simples livro… Praticamente todos os ensinamentos originais foram perdidos e ainda assim, muitos deles adulterados. A Igreja Católica é uma instituição religiosa agarrada a verdades adulteradas a seu belo prazer por homens poderosos que se serviram dos ensinamentos cristãos para poderem dominar o Império Romano. Na Idade Média, o objectivo continuava a ser o poder e a ferramenta continuava a ser a religião. Muitos morreram em nome de "deus", na altura da Inquisição Católica, dizem uns Papas e Bispos Católicos sedentos de poder, quando na realidade perderam a sua vida por uma religião condenada á partida.


Ao longo da história humana, muitas foram as religiões e deuses que existiram por esse mundo fora, chegando ao tempo presente apenas algumas dessas religiões. Daqui a 1000 anos, todas as religiões serão versões bastante diferentes daquilo que são hoje. Algumas poderão desaparecer. Algumas poderão ser abafadas por outras. Mas uma coisa é certa, e independentemente da religião, quem ficará no planeta Terra será sempre o Homem e a Natureza… Mas isto é um tema para um próximo post… Em breve poderei mostrar a minha visão sobre a Natureza e o seu real papel na humanidade, papel esse muito mais importante que qualquer crença ou religião.


O primeiro mês é sempre o mais difícil

Já passou tanto tempo desde que abrimos este blog... mas parece que foi só há um mês.

Esperem... errr... parece que afinal foi mesmo há um mês. Um mês e um dia, para ser preciso. Mas quem é que está a contar?

Segundo o Google Analytics, tivemos 69 visitas (16 visitantes exclusivos) e 107 visualizações de página. Admito, a maior parte destes números foram por conta dos próprios autores... mas há uma pequena percentagem que foram visitantes externos ao blog. E é por essa pequena percentagem que estou contente.

Opiniões a favor, contra, ou qualquer coisa intermédia, são sempre benvindas, porque o Realismo Fantástico nasce da pergunta, das possíveis respostas, das dúvidas que ficam por responder, e da fantasia que se confunde com o real. É por isso que cá estamos (estou a falar dos autores e do blog, e não do sentido da vida).

Meus amigos, o blog já não é anónimo, e a partir de agora é sempre a subir.
Depressa ou devagar, já não sei... deixo isso a cargo dos leitores anónimos que vão por aqui aparecendo.

It Came From Outer Space

Já que estamos numa onda de Exploração Espacial, ET's e coisas do género, não há melhor altura para dissertar um pouco sobre os já clássicos avistamentos de naves espaciais, vulgo OVNIs, mas mais sobre o seu conteúdo, os tão procurados "homenzinhos verdes", embora em todos os relatos, filmes ou autópsias (forjadas ou não), eles sejam mais para o cinzento...

Não me vou por com rodeios, e vou simplesmente dizer: na minha opinião, os tais extra-terrestes não são mais do que humanos do futuro. Sim, leram bem. Do futuro. Aprenderam a viajar no tempo, e andam por cá sabe-se lá com que propósito (um qualquer tipo de Paleontologia avançada, Antropologia, ou simples curiosidade).

Tal como há uns valentes milhares de anos, o homem não era como é hoje, daqui a uns milhares de anos também não será. E as características básicas de ambos os "espécimens" (homem-presente e homem-futuro) são, na perspectiva da Teoria da Evolução [wiki], apresentada pelo Sr. Charles Darwin [wiki] (com quem eu concordo), visíveis o suficiente para se colocar tal hipótese.

Senão vejamos:
  • Uma das características mais marcantes são os olhos: Olhos grandes e pretos/brilhantes. Ora, num mundo onde a visão é cada vez mais importante, não terão os olhos um lugar na evolução, tornando-se melhores, mais eficientes, maiores?
  • A segunda característica mais evidente é a cabeça grande. Faz sentido. Numa cabeça grande cabe um cérebro grande, e sabe-se lá com que capacidades (nós podemos vê-las como "poderes": telequinese, telepatia, etc.). Existem tantas zonas do cérebro que não são usadas, que não conseguimos imaginar o que poderá acontecer se usarmos apenas uma pequena percentagem a mais... A Evolução trará as respostas. Há quem diga que a esquizofrenia e outros tipos de doenças mentais não passam de tentativas de evolução cerebral para as quais o corpo não está preparado.
  • A estrutura geral do corpo. Dois braços, duas pernas, uma cabeça, caminha erecto... é estranhamente parecido com um humano.
  • A altura. Normalmente, são vistos como baixos. No futuro, muitos (se não todos) os obstáculos físicos serão ultrapassados, logo o corpo em si não tem tanta necessidade de evoluir em força, altura e peso, tornando-se fino, sem musculatura definida... e baixo.
  • A cor da pele também é diferente... talvez porque, no futuro, se aprenda a controlar os elementos da natureza, evitando assim os efeitos nefastos do sol (queimaduras por sobre-exposição, raios ultra-violeta, etc.). Ou, pura e simplesmente, alguma catástrofe natural que tenha obrigado os habitantes do planeta azul (aposto que neste caso, já não tão azul) a refugiarem-se do sol (por que método, não faço ideia).
  • As pernas curtas. Bolas... se um humano normal já é preguiçoso para ir buscar o comando da TV que está em cima da mesa, imaginem daqui a uns milhares de anos... nem deve ser preciso mexerem-se! Pernas para quê? Com o passar dos anos, as pernas tornam-se cada vez menos necessárias, e acabam por atrofiar e ficar cada vez mais pequenas.
  • Os braços longos. É exactamente o contrário das pernas. Cada vez mais usados, com consolas de controlo cada vez maiores e com mais funções, precisam de chegar mais longe. Acabam por se desenvolver e esticar, assim como os dedos das mãos. Pensem num teclado de computador, mas com o triplo das teclas. Não daria um jeitão, ter uns dedos um pouco mais compridos, para chegar àquelas teclas mais distantes?
  • Nariz, orelhas e outros: Estes tipos de protuberâncias acabam por se tornar supérfluos, desaparecendo gradualmente, como aconteceu com a cauda (o que resta dela é o que conhecemos como cóccix). Tadinhos dos ET's, tanto recorreram à fertilização in vitro, que agora não têm escolha...
  • A queda de OVNI's. Sendo um tipo evoluído de humano, não deveriam conseguir prevenir as quedas/acidentes e todas essas chatices técnicas? Eu acho que não. Há-de haver sempre o gajo que não apertou bem o parafuso ou que não abasteceu o depósito da nave com plasma suficiente para ir e voltar... Evoluidos ou não, ainda são humanos, e humanos erram.

Obviamente, não posso confirmar nem desmentir nada disto... mas, se nos pusermos a pensar nisto, as coisas encaixam... lá isso encaixam.

Quanto aos verdadeiros extra-terrestres, aqueles que não são deste planeta, acho que ainda cá não puseram os pés (ou patas, ou tentáculos, ou o que quer que seja). Se já passaram por cá, de certeza que, sendo mais inteligentes que nós, não quiseram nada com este planeta marado e os seus habitantes.

Espero não vos ter causado nenhum aneurisma, isto é só mais um devaneio da minha mente.

Beam me up, Scotty!

Vida em Marte?

No âmbito das recentes dissertações na comunidade científica sobre se existe ou existiu vida em Marte, e da descoberta de sílica (nome comum para dióxido de silício) em estado quase puro na sua superfície, que fortalece a ideia que é, de facto, possível (a sílica é "um mineral muito propício, em termos ambientais, à propagação de vida microbiana" in DN.noticias), vejo-me na obrigação de perguntar se estamos realmente mais perto de descobrir os tão desejados marcianos...

E respondo à minha própria pergunta:

Coisas que me fazem confusão à cabeça - Vol.II

Mais uma vez, o meu post sobre os visitantes de outro planeta vai ter de ser adiado, porque tropecei nesta situação, no mínimo, caricata...


Uma mulher que em 2005 pediu o Livro de Reclamações num restaurante de Matosinhos aguarda ainda o resultado da queixa, mas já foi condenada em tribunal por "pôr em causa o prestígio, crédito e confiança" do estabelecimento.


Fonte conhecedora do processo disse hoje (14 de Janeiro) que o Tribunal de Matosinhos condenou a mulher a indemnizar a dona do restaurante em 300 euros e a pagar uma multa de 15 euros por dia, para remir uma pena de 75 dias de prisão.


De acordo com a sentença do caso, a arguida foi condenada porque "disse repetidamente, em tom exaltado e de modo audível para as demais pessoas que se encontravam no restaurante àquela hora, nomeadamente que a comida não prestara e que nunca tinha sido tão mal servida".

Os factos remontam a Julho de 2005, durante um jantar de um grupo de médicos e enfermeiros de um centro de saúde, para assinalar a despedida de um colega de trabalho.


Perto do final do repasto, uma das participantes considerou ter sido tratada de forma indelicada por um dos funcionários, pedindo o Livro de Reclamações.

Segundo a fonte, o Livro de Reclamações só foi fornecido depois do pagamento das refeições e após a chamada da PSP.


Na sequência desta queixa, a reclamante foi notificada pelo tribunal, em Fevereiro de 2006, de uma queixa-crime que lhe tinha sido movida pela proprietária do restaurante que viria a resultar na sua condenação.

As expressões desprimorosas para o restaurante que determinaram a condenação terão sido proferidas pela arguida no intervalo de cerca de hora e meia que mediou entre o pedido do Livro de Reclamações e a sua apresentação.


A fonte afirmou que em Dezembro do ano passado, cerca de dois anos e meio após a ocorrência, a reclamação continuava em analise nos serviços camarários.

Contactada pela Lusa, fonte da Câmara de Matosinhos disse que está a avaliar o caso, prometendo esclarecimentos em breve.


JGJ.

in noticias.rtp.pt


Ora então vamos lá a ver o que é que está mal aqui... uma pessoa é mal tratada, diz "de modo audível" o que pensa (acho que ainda temos direito a expressar as nossas opiniões...), pede o livro de reclamações e só lho dão hora e meia depois, quando chega a PSP, (da ultima vez que verifiquei, é obrigatório ter e facultar o livro de reclamações assim que o cliente o pedir), e ainda é condenada por difamação???

Meus amigos, tenham muito cuidado quando disserem mal de alguma coisa, porque senão, já sabem... E nem se atrevam a pedir o livro de reclamações, porque aí é que fica o caldo entornado!

… E agora: a teoria o Labirinto

Tal como prometido, venho agora deixar umas palavras sobre o Labirinto, que em conjunto com o Fantástico, fazem o título do nosso blog. Tal como referi no post anterior, o Labirinto não pode existir, dentro é claro do universo do nosso blog, sem o Fantástico. Um implica o outro. Um dá sentido ao outro. Por isso, este post só pode ser entendido após a leitura do post “A teoria do Fantástico”.

Gostaria de deixar claro que o Realismo Fantástico, não é um caminho simples e desimpedido numa estrada em linha recta. Mas sim mais parecido com um Labirinto. Como todos os labirintos é muito fácil perdemo-nos nele. Ao contrário da “sabedoria popular” que conta que se deve trazer uma corda, que fica amarrada a algo na parte de fora do Labirinto para quando algo corre mal, eu digo que se deixe tudo fora do labirinto. Quem entrar com medo de se perder, com toda a certeza se perde. Quem não abandonar os seus “óculos sociais”, não vai conseguir ver as armadilhas que se encontram no labirinto e que seriam facilmente visíveis, caso visse tudo com os seus próprios olhos. Uma vez lá dentro já não é possível sair. Pelo menos, sair sem que algo se tenha modificado. Seja uma modificação profunda do ser, seja uma certeza de não se ter capacidade de continuar no labirinto. No entanto, para mentes inquietas, uma vez provada esta realidade alternativa torna-se muito difícil abandonar o seu conforto. O conforto de Ver com os próprios olhos, sem que nada nem ninguém nos tente ou consiga influenciar. No entanto este conforto, rapidamente se torna desconfortável para os pobres de espírito. Para esses, a nossa sociedade tem um lugar. Um lugar confortável, onde não é preciso pensar. Um lugar sempre reservado, numa sociedade sempre pronta a acolher mais um.


Mas retornando aos que apreciam este labirinto, posso dizer-vos que os verdadeiros Fantásticos gostam mais de percorrer o labirinto do que chegar ao fim do mesmo… Aliás, penso que tudo farão para não chegar ao fim. Talvez se percam propositadamente, apenas para poder continuar. E só assim faz sentido, já que chegar ao fim de um labirinto, não significa que se percorreu e explorou todos os caminhos possíveis… Logo, iremos tentar explorar todos os caminhos possíveis deste Labirinto do Fantástico, sempre com o mesmo prazer, entrega de espírito e dedicação.

MESSENGER Returns Images of Mercury Approach

A pioneering NASA spacecraft is the first to visit Mercury in almost 33 years, soaring over the planet to explore and snap close-up images of never-before-seen terrain. These findings could open new theories and answer old questions in the study of the solar system.

The MErcury Surface, Space ENvironment, GEochemistry, and Ranging spacecraft, called MESSENGER, is the first mission sent to orbit the planet closest to our sun. Before that orbit begins in 2011, the probe will make three flights past the small planet, skimming as close as 124 miles above Mercury's cratered, rocky surface. MESSENGER's cameras and other sophisticated, high-technology instruments will collect more than 1,200 images and make other observations during this approach, encounter and departure. It will make the first up-close measurements since Mariner 10 spacecraft's third and final flyby on March 16, 1975.

Retirado do site da NASA. Noticia original aqui

A teoria do Fantástico

Como primeiro post, resolvi falar um pouco do “Fantástico”, que constitui parte do nome do nosso blog. Deixarei o “Labirinto” para outro post, já que o mesmo só tem razão de ser em conjunto com o “Fantástico” e após o post sobre o mesmo.


Tema pantanoso para começar, chega a ser perigoso e arriscado, mas não consigo vislumbrar outra forma de começar. Aliás, é até um desafio conseguir mostrar um pouco deste tema, a quem não o conhece muito bem, ou não o conhece de todo. Mas se por alguma infeliz coincidência de palavras ou de gramática dei a entender que entendo profundamente do tema, peço desculpa. Não quero ser culpado de tal arrogância. Gostaria no entanto de partilhar a minha experiência, ou passagem se quiserem, sobre o tema.


O facto de não se estar familiarizado com o tema, não significa que ele não esteja presente muitas vezes e em muitas situações. Este é um ponto, que poucos se apercebem. Muitos podem usar o chamado xxxxxxxx xxxxxxxxxx, mas não o sabem. Mas atenção, não são assim tantos que usam o xxxxxxxx xxxxxxxxxx, sem saberem… Não faço a mais pequena ideia de quantas pessoas o usam, mas não creio que sejam muitas. Ainda menos serão aqueles que usam o xxxxxxxx xxxxxxxxxx conscientemente. Não te preocupes com o devia estar no lugar dos x’s, o que interessa é a ideia por detrás do texto visível.


”Uma vez tive um sonho… Sonhava que corria numa planície… Corria de olhos completamente vendados. Ouvia e sentia muitos outros a correr a meu lado. Não corriam mais depressa nem mais devagar do que eu. De repente sinto alguém a agarrar-me violentamente e caio desamparado no chão. Tiro a venda para ver o que tinha acontecido. Ainda no chão, olho em volta e vejo milhares de pessoas a correrem num compasso controlado, todas elas com vendas, todas elas a correrem em direcção a um precipício que se encontrava mais á frente. Levanto-me e tento parar as pessoas que passam mais próximo de mim. Algumas caem mas levantam-se e continuam como se nada tivesse acontecido. Os poucos que ficam caídos e tiram a venda, tentam ajudar-me na minha demanda infortunada, mas também com pouco sucesso. E de seguida acordei, completamente aterrado pela visão que acabara de ter.”


E como é que o xxxxxxxx xxxxxxxxxx se encaixa no texto acima? Isso é algo que deixarei á imaginação de cada um, mas não sem antes deixar mais algumas palavras sobre o xxxxxxxx xxxxxxxxxx.


Todos nós, sem excepção ao nascermos trazemos as nossas funções básicas de sobrevivência. Tudo o resto é ensinado pela sociedade em que vivemos. Tudo, desde o comportamento á forma de pensar e de ver o mundo, tem como base a sociedade onde nascemos. O que eu proponho aqui é que cada um que quiser “tirar a venda” se esqueça dos “óculos sociais” que lhe foram colocados á nascença pela sociedade respectiva. Tudo deve ser visto sem preconceitos de quaisquer espécie, sem dogmas, sem ideias preconcebidas e recebidas dos avós dos nossos avós. Apenas as mentes que compreenderem a vida sem a nossa sociedade, entenderão a vida e a própria sociedade.


Vamos fazer um pequeno exercício juntos. Vamos esquecer temporariamente tudo o que nos foi ensinado, tudo o que nos foi mostrado, tudo o que nos dizem e vendem diariamente. Todas as ideias preconcebidas, todas as dúvidas e todas as questões. Neste momento apenas sentimos os nossos instintos mais básicos. Encontramo-nos no cimo da montanha a observar o mundo. Não conhecemos nada. Somos inundados por um sem número de sensações primárias e primitivas, desde o ar fresco e puro da montanha, até ao sol que nos enche o espírito. Pois bem, se neste momento te for mostrado algo, esse algo terá obrigatoriamente um aspecto diferente do que teria antes de teres chegado a esta montanha, já que neste momento deixaste os “óculos sociais” para atrás, e podes ver pela primeira vez o mundo pelos teus próprios olhos. Pela primeira vez experimentaste o ponto de partida para entrar no mundo do xxxxxxxx xxxxxxxxxx.


Creio que neste momento, conseguirás entender o significado do sonho que descrevi acima. Se o conseguires encaixar nalguma situação da tua própria vida, posso-te dizer com agrado, bem vindo ao mundo do Realismo Fantástico.