Vril, the Power of the Coming Race

"Sabe-se que o partido nazi se mostrou anti-intelectual de maneira franca, e mesmo ruidosa, que queimou os livros e classificou os físicos teóricos entre os inimigos "judaico-marxistas". Em proveito de que explicações do mundo ele rejeitou as ciências ocidentais oficiais é o que muita gente ignora. Ainda menos se sabe em que concepção do homem se baseava o nazismo, pelo menos no espírito de alguns dos seus chefes. Mas, sabendo-o, situa-se melhor a última guerra mundial no quadro dos grandes conflitos espirituais; a história recupera o fôlego à Vítor Hugo da grandeza épica. "Lançam-nos o anátema como a inimigos do espírito, dizia Hitler. Pois bem, é verdade, é isso que nós somos. Mas num sentido bem mais profundo do que a ciência burguesa, no seu imbecil orgulho, jamais sonhou". É pouco mais ou menos o que Gurdjieff declarava ao seu discípulo Ouspensky, depois de terminado o processo da ciência: "O meu caminho é o do desenvolvimento das possibilidades escondidas do homem. É um caminho contra a natureza e contra Deus".


Esta ideia das possibilidades escondidas do homem é essencial. Ela conduz muitas vezes à rejeição da ciência e ao desprezo pela humanidade vulgar. Ao nível desta ideia, muito poucos homens existem realmente. Ser é ser diferente. O homem vulgar, o homem em estado natural não passa de uma larva e o Deus dos cristãos não passa de um pastor de larvas. O doutor Willy Ley, um dos maiores peritos do Mundo em matéria de foguetões, fugiu da Alemanha em 1933. Foi por seu intermédio que soubemos da existência, em Berlim, pouco antes do nazismo, de uma pequena comunidade espiritual de verdadeiro interesse para nós. Essa comunidade secreta fundamentara-se, literalmente, num romance do escritor inglês Bulwer Lytton: A Raça que nos há-de suplantar. Esse romance descreve homens cujo psiquismo é muito mais evoluído do que o nosso. Eles conquistaram poderes, sobre si próprios e sobre as coisas, que os tornam semelhantes a deuses. De momento, ainda se escondem. Habitam cavernas no centro da Terra. Em breve sairão para nos governar. Eis tudo o que o doutor Willy Ley parecia saber. Acrescentava, sorrindo, que os discípulos julgavam possuir certos segredos para mudar de raça, para se tornarem iguais aos homens escondidos no interior da Terra. Métodos de concentração, toda uma ginástica interior para se transformarem. Iniciavam os seus exercícios contemplando fixamente uma maçã cortada ao meio. . .


Nós prosseguimos as investigações. Essa sociedade berlinense, à semelhança das lojas maçónicas, chamava-se: "A Loja Luminosa" ou "Sociedade do Vril". O Vril é a imensa energia de que nós não utilizamos senão uma ínfima parte na vida comum, o factor principal da nossa divindade possível. Aquele que se torna senhor do Vril torna-se senhor de si próprio, dos outros e do mundo,. É a isso que devemos aspirar. É nesse sentido que devemos encaminhar os nossos esforços. Todo o resto faz parte da psicologia oficial, das morais, das religiões, do vento. O mundo vai modificar-se. Os Senhores vão sair das entranhas da Terra. Se não tivermos feito uma aliança com eles, se não formos senhores, também nós, ficaremos entre os escravos, na estrumeira que servirá para fazer brotar as novas cidades.”


In "Despertar dos Mágicos" de Jacques Bergier & Louis Pauwels, pág. 146 e 147


O engraçado é que todas as peças encaixam na perfeição...